Túlio Humberto Pereira Costa, mais conhecido como Túlio Maravilha (Goiânia, 2 de junho de 1969), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante. Foi três vezes artilheiro do Campeonato Brasileiro de Futebol da Série A (1989, 1994 e 1995), um recorde com quem divide com Romário e Dadá Maravilha. É o único jogador do futebol brasileiro a ter sido artilheiro em três divisões do futebol nacional - tendo sido o maior goleador da Série B (2008) e da Série C (2002 e 2007). Ficou também conhecido por seu estilo irreverente e pouco modesto, de autopromoção e sem ter papas na língua.
Começou sua carreira no Goiás em 1987 e em pouco tempo ganhou projeção nacional. O seu auge veio no Botafogo, onde foi ídolo e ajudou o clube carioca a conquistar o Campeonato Brasileiro de 1995. A boa fase naquele ano rendeu convocação para a Seleção Brasileira que disputou a Copa América de 1995. Depois da passagem destacada pelo Botafogo, Túlio passou por Corinthians, Vitória, Fluminense e Cruzeiro, mas sem o mesmo brilho dos tempos do Botafogo. Com sua carreira em declínio, defendeu diversos clubes de menor expressão do futebol nacional.
Seu último clube foi o Araxá, pelo qual chegou ao milésimo gol, pelas contas do próprio Túlio, já que não há registro oficial sobre os 1000 gols que o jogador tenha feito ao longo de sua carreira. Nestas contas, somam-se os gols marcados não apenas em partidas oficiais, mas também em jogo-treino, amistoso e até partida festiva. Fora do futebol, Túlio foi eleito vereador por Goiânia em 2008, tendo exercido o cargo até 2011 e capa da revista de nudez masculina, G Magazine em 2003.
Túlio estreou profissionalmente no dia 12 de março de 1987 na partida em que o Goiás venceu por 4 a 0 o Ceres. Seu primeiro técnico no futebol profissional foi Luiz Felipe Scolari. Em 1988, Felipão teve uma breve passagem pelo Goiás. Um ano mais tarde, em 1989 ganhou seu primeiro título, o Campeonato Goiano de 1989, numa boa campanha. Ainda nesse mesmo ano, aos 20 anos, foi artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1989 com 11 gols, na época, se tornando o mais jovem artilheiro do Brasileirão. Em 1990 ganhou mais uma vez o Campeonato Goiano. A carreira de Túlio começava a ganhar expressão após a final da Copa do Brasil de 1990, quando por pouco não foi campeão desse torneio. Perdeu a final para o Flamengo. Em 1991 foi, pela terceira vez seguida Campeão Goiano e pela primeira vez artilheiro.
Devido ao valor muito alto pedido pelo Goiás, Túlio foi comprado por um grupo de empresários e repassado ao Sion, em 1992, onde em sua lista, anotou 64 gols, entretanto, a Federação Suíça de Futebol registrou 19 gols marcados entre as temporadas de 1992 e 1993. Conquistou o primeiro Campeonato Suíço do clube e ajudou a equipe a chegar a uma semifinal inédita de Liga dos Campeões. O clima gelado e a adaptação com a cultura suíça dificultaram sua passagem por lá. Apesar da falta de adaptação na vida pessoal, Túlio teve uma passagem considerada perfeita na Suíça, sendo até chamado para jogar na Seleção Suíça. Depois de ter saído do Sion, voltou para o Brasil para atuar no Botafogo, em 1994. Logo em sua estreia, marcou 3 gols contra o America. E assim, foi apelidado pela torcida como Túlio Maravilha. Novamente foi artilheiro do Campeonato Brasileiro, dessa vez por duas vezes consecutivas: 1994 e 1995. Ele conquistou o Campeonato Brasileiro de 1995, com uma final contra o Santos bastante polêmica. No primeiro jogo, vitória do Botafogo por 2 a 1 e um gol de Túlio anulado, além de um pênalti não dado em cima de Donizete. No segundo jogo, um empate em 1 a 1 com o gol de Túlio impedido. Mais tarde, em 1996, atuaria junto com seu irmão gêmeo, Télvio.
Túlio foi contratado pelo Corinthians em 1997. Na época, o clube do Parque São Jorge fez uma parceria com o Banco Excel, que injetou 16,5 milhões de reais em dinheiro em reforços. O Corinthians foi campeão paulista de 1997 e Túlio foi artilheiro do time, apesar de ter ficado a maior parte do campeonato no banco de reservas. Ele tinha começado bem o campeonato, sendo titular na maioria dos jogos, mas se machucou e não voltou a jogar como antigamente perdendo a continuação do seu auge. Além disso neste período, o técnico Nelsinho Baptista resolveu mudar o esquema tático pelo time não estar fazendo gols com naturalidade.[carece de fontes] Assim, colocou Donizete e Mirandinha como dupla de ataque. Assim, Túlio ficou encostado no banco pelo resto do campeonato, só entrando no decorrer das partidas. Formou dupla de ataque com Bebeto no Brasileirão de 1997, mas no final do ano ambos acabaram se transferindo para o Botafogo.
Na volta de Túlio, em 1998 fez dupla de ataque com Bebeto de novo, e foram campeões do Torneio Rio-São Paulo. Foram apenas 21 gols nesse ano. Em 1999 fez três passagens em clubes: Fluminense, Cruzeiro e Vila Nova. No primeiro, fez apenas 10 gols, no segundo 4 (foi no Cruzeiro que ele marcara o gol 500 de sua carreira) e no terceiro, 6. Na passagem pelo Cruzeiro, o time era comandado por Levir Culpi, e por conta deste e da diretoria do Cruzeiro, praticamente não colocaram Túlio para jogar, pois o jogador ainda pertencia ao Banco Excel. O clube deixou Túlio de lado em detrimento de Alex Alves, revelado pelo Vitória e outros jogadores prata da casa. Como consequência disso, Túlio ficou de 4 a 5 meses só treinando.
Quando a imprensa questionava o desempenho de Túlio em 1999, dizendo que ele já estava em fase final de carreira, mesmo com apenas 30 anos de idade e 11 como profissional, o jogador não se abalou e decidiu seguir jogando. Em 2000, foi para o São Caetano, levando este modesto e desconhecido time a subir para a Primeira Divisão do Campeonato Paulista. Ficou 6 meses no mesmo, foi campeão e artilheiro da Série A2, com dezoito gols. Na partida em que decidiria o campeão, Túlio simplesmente fez um gol de bicicleta contra o Paulista, garantindo assim a elite para o São Caetano. Ele parecia ter voltado aos tempos de Botafogo. Entretanto, Túlio ficou muito pouco tempo nesse time. Depois de ter saído do São Caetano, ele voltou mais uma vez ao Botafogo, onde disputou somente 14 partidas.
Em 2001 foi para o Santa Cruz e só disputou o Campeonato Brasileiro daquele ano. Foram 7 jogos e 1 gol. Após a curtíssima passagem pelo Santa Cruz, retornou ao Vila Nova para a disputa do Campeonato Goiano desse ano. Foi, pela quarta vez campeão, e pela segunda vez artilheiro, com dezesseis gols. Após o término do Campeonato Goiano, se transferiu para o Újpest, em 2002. Ganhou a tradicional Copa da Hungria, ele chegou no clube na metade da competição.
Em 2003 foi para o Atlético Goianiense, para jogar a Série C. Nesse mesmo time, Túlio marcou seu gol 600 da carreira. Logo após o Atlético Goianiense, passou rapidamente pelo Tupy. Disputou a Copa Espírito Santo onde marcou 5 gols, mas seu time acabou eliminado. Em dezembro de 2003 posou nu para a revista G Magazine. Em 2004, foi para o Jorge Wilstermann. Essa passagem foi mais pela Libertadores. Mas seu time foi eliminado logo na primeira fase. Fora da Libertadores, ele foi campeão da Copa Aerosul e artilheiro, com seis gols. Em 2004, ao fazer seu terceiro retorno ao Brasil, jogou a Série B pelo Anapolina, onde balançou as redes só 2 vezes. Ao lado de Sérgio Manoel, Túlio comandou a excelente campanha do modesto Volta Redonda, time do interior fluminense, à conquista inédita da Taça Guanabara. Na decisão do Carioca, na primeira partida, o Volta Redonda venceu por 4 a 3 o Fluminense. Na segunda partida, porém seu time sofreu um revés, e perdeu por 3 a 1. O Fluminense faturou o título. Túlio ainda foi o artilheiro da competição.
Nesse mesmo ano, também foi para o Juventude, onde disputou o Campeonato Brasileiro daquele ano. Foram 12 jogos e 2 gols. Logo depois do Juventude, Túlio se transferiu para o Al-Shabab dos Emirados Árabes Unidos, em 2005 mas não atuou sequer uma partida. Depois do Al-Shabab, voltou novamente para o Brasil, em 2006 para o Volta Redonda. Disputou a Copa do Brasil, mas foi eliminado. Logo após a segunda passagem pelo Volta Redonda, se transferiu para o Fast, onde disputou pela terceira vez a Série C e mais alguns amistosos. Túlio sentiu na pele o contraste entre ter jogado num time de ponta e num time modesto, porque para o time disputar amistosos, teria que viajar de barco para chegar ao estádio do adversário. Na metade de 2006, foi contratado pela Federação Goiana e designado para jogar no Canedense. Túlio chegou no meio do Campeonato Goiano da Segunda Divisão, marcou 9 gols em 6 jogos (média superior a um por partida). Nesse campeonato, o time de Túlio subiu para a primeira divisão. Ainda nesse mesmo ano (2006), fechou contrato com o Itauçuense para disputar o Campeonato Goiano da Terceira Divisão. Foi campeão e artilheiro, com sete gols em 7 partidas. Em janeiro de 2007, Túlio na volta para o Canedense marcou seu gol 700 em jogos oficiais, após fazer dois num jogo válido pelo Campeonato Goiano contra o Trindade (segundo sua contagem).
No fim do Campeonato, marcou 16 gols em 17 partidas. Com a camisa do Canedense foram 25 gols em 23 jogos. Com o fim do Campeonato Goiano de 2007, Túlio Maravilha volta ao Vila Nova (6 anos depois) para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série C, formando dupla de ataque com Wando. Túlio foi o artilheiro da competição com 27 gols e ajudou o time a subir para a Série B de 2008. Jogou a Série B de 2008 pelo Vila Nova e foi o artilheiro da competição, com 24 gols (isso com 39 anos de idade). Depois disso foi dispensado do Vila Nova.
Em 2009 foi contratado pelo Itumbiara para a disputa do Campeonato Goiano, onde fez companhia para Denílson, como um presente pelo 100º aniversário da cidade de Itumbiara. Apesar da boa campanha, o Itumbiara acabou eliminado nas semifinais do Campeonato. Mais tarde, em 26 de maio de 2009 Túlio voltou para o Botafogo para apenas uma partida amistosa, contra o Brasil de Pelotas, time gaúcho que se preparava para a Série C de 2009. O Botafogo saiu derrotado por 2 a 1. Logo após esta derrota, foi para o Goiânia para disputar a Segunda Divisão do Campeonato Goiano. O time fez uma campanha ruim, e não conseguiu a classificação para a fase seguinte. Após a eliminação no Campeonato Goiano da Segunda Divisão, Túlio foi jogar no Botafogo de Brasília. Seu time conseguiu subir para a Primeira Divisão e disputar a final contra o Ceilandense. Mas o Botafogo sofreu um revés, foi derrotado por 2 a 1 e perdeu o título.
Após a curtíssima passagem pelo Potyguar, Túlio voltou ao Botafogo-DF para a disputa do Campeonato Brasiliense de Futebol de 2010. Entretanto, num dos jogos decisivos do campeonato, contra o Gama, no dia 10 de abril, sequer foi relacionado, complicando ainda mais sua situação no clube. Não tendo oportunidades de atuar como titular, e não aceitando essa posição, se desligou do clube no dia 14 de abril de 2011. Em 8 de fevereiro de 2011, Túlio foi contratado por apenas uma partida, fechou contrato com o Barras para o primeiro jogo da Copa do Brasil, contra o ABC, onde batizou o gol que faria, com o nome de cajuína. Mas como a estreia do time se deu somente no dia 24, Túlio ainda defendeu o Botafogo-DF por alguns jogos. Mas no confronto contra o ABC, o Barras foi eliminado ao empatar o jogo de ida em casa por 1 a 1 e perder o jogo de volta por 2 a 1. Túlio saiu de campo em branco nas duas partidas.
Túlio seguiu jogando no Canedense, pelo Campeonato Goiano da Segunda Divisão. Mas seu time terminou o campeonato com a pior campanha: 11 jogos, sendo que foram 10 derrotas e apenas 1 vitória. Foi a pior campanha de Túlio defendendo um time, sendo que na última rodada, apenas 1 torcedor pagou ingresso para assistir o jogo entre Canedense 0 x 5 Goiatuba. Após jogar por um período no America, acertou com o Bonsucesso. Depois da pequena passagem pelo Bonsucesso, ele foi contratado pelo CSE de Palmeira dos Índios como a principal contratação do marketing do clube para o Campeonato Alagoano de 2012. Logo na estreia fez seu primeiro gol com a camisa do CSE na vitória de 2 a 0 sobre o Coruripe. No dia 10 de abril de 2012, Túlio foi dispensado pelo CSE. Túlio acertou com o Esporte Clube Laranjal, onde em sua estréia marcou um gol contra o Democratas pela Copa Integração 2012. Novamente Túlio jogou com a camisa do Laranjal desta vez marcando 2 gols. Depois de sair do CSE, Túlio acertou com o Tanabi, time da quarta divisão do campeonato paulista, e, posteriormente, retornou ao Botafogo do Rio de Janeiro.
Em 27 de agosto de 2012, Túlio foi apresentado pelo Botafogo, com o intuito de marcar pelo clube que o projetou à fama os sete gols restantes ao milésimo. Entretanto, Túlio, antes de atuar pelos profissionais, foi integrado ao elenco de juniores do Botafogo. Ele defendeu em uma entrevista ao programa Esporte Fantástico que deseja marcar o milésimo gol pelo Botafogo. Em 24 de fevereiro de 2013, Túlio marcou três gols diante do Santos de Angola e ficou a apenas dois gols de fazer seu milésimo. O atacante, no entanto, passando por uma crise financeira, foi sondado pela Rede Record para participar da próxima edição do programa A Fazenda. Ele foi anunciado em 11 de junho de 2013 como o atacante do Vilavelhense.
Em 8 de fevereiro de 2014, vestindo a camisa do Araxá, Túlio chegou ao milésimo gol de sua carreira, segundo suas próprias contas. O gol foi marcado diante do Mamoré, pela Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, ainda no primeiro tempo e em cobrança de pênalti, similar ao de Pelé e Romário. Com o gol, o jogador tirou a camisa que vestia, com a numeração 999, e colocou um uniforme que indicava o número mil. Houve invasão do campo da torcida, da família de Túlio e da diretoria do clube e por dez minutos o jogo teve que ser paralisado. Voltou aos gramados em 2015, numa partida amistosa ao lado de seu filho, Túlio Filho pelo Aparecida, time da terceira divisão do futebol goiano. No inicio de setembro confirmou o acerto com o Força Jovem Aquidabã, time sergipano que joga a segunda divisão estadual. Porém uma semana depois declarou por meio de sua conta pessoal no Facebook a sua desistência de atuar pelo Força Jovem Aquidabã segundo ele pela falta de ética e profissionalismo.
Conheça os participantes: Acelino Popó, Andréa Sorvetão, Carlos Marques, Conrado Fernandes, Cristiane Maravilha, Emilene Juarez, Gian, Gretchen, Jorge Sousa, Laura Keller, Mário Velloso, Patrick Silva, Pietra Bertolazzi, Simony, Tati Moreto e Túlio Maravilha.
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